Membros - Ato Escola de Psicanalise

Formação

A formação em psicanálise não se trata de um título, de uma nomeação concedida, trata-se de um trajeto ético, um grande desafio, onde se experimenta a falta, a castração e a construção do desejo do analista.

Segundo Freud, a formação do analista se dá sobre o tripé: análise pessoal, conhecimento teórico e supervisão.

Lacan, na “Proposição sobre o Psicanalista da Escola”, apresenta “um princípio: o psicanalista só se autoriza de si mesmo. […] Isso não impede que a Escola garanta que um analista depende (sic) de sua formação. Ela pode fazê-lo por sua própria iniciativa.”

A ATO – escola de psicanálise, sustentada pelos ensinamentos de Freud e Lacan e comprometida com o ensino e a transmissão da psicanálise, acolhe as pessoas que se interessam em iniciar ou continuar sua formação e oferece dispositivos como seminários, cartéis, encontros, jornadas, análise pessoal e supervisão, possibilitando, assim, que cada um se aposse da sua formação, tendo como única garantia o desejo em causa.

Os seminários oferecidos pela Ato para o ano de 2025 são:

Seminário da criança e do adolescente

Daremos continuidade, em 2025, à proposta de trabalhar os principais casos clínicos de Freud à luz da teoria dos nós de Lacan. Os nós borromeanos foram utilizados por Lacan, para abordar a clínica em sua perspectiva de enlaçamentos e nominações, que o sujeito faz, ao longo da vida, aliando a sincronia – as pulsões que se apresentam com violência na adolescência e fazem vacilar o equilíbrio da latência – e a diacronia – uma série de acontecimentos traumáticos e contingenciais. Com isso, desconstrói-se, em parte, a noção de estruturas clínicas que podem fixar um diagnóstico. Os casos que pretendemos trabalhar serão “O pequeno Hans” e “O homem dos ratos”. Os dois tratam de questões do infantil. Partiremos desses casos freudianos clássicos, para chegar à atualidade, mostrando a atemporalidade do inconsciente.

• Maria de Fátima Chadid
(31) 9981-39664 – fatimachadid@yahoo.com.br

• Viviane Gambogi Cardoso
(31) 9923-70427 – vivigambogi@gmail.com     

Seminário de Leitura de Freud e de Lacan

Iniciando com “A Coisa”, Das Ding, em Freud, e o “Brilho de Antígona”, em Lacan, partiremos da dimensão trágica do desejo em relação à lei e ao Outro. Paradigma do desejo do analista, o desejo de Antígona é o ponto de virada para a elaboração de uma ética da psicanálise. Seguiremos nesse seminário de leitura de Freud, no “Projeto”, de 1895, e em “O Seminário 7: A ética da psicanálise”, Lacan (1959-1960).

Ana Maria Fabrino Favato
(31)991116792 – amfavato@gmail.com

 Rosana Scarponi Pinto
(31) 988029003 – rosanascarponi@gmail.com

Seminário destinado aos participantes da Ato

Seminário de Freud: escritos escolhidos

Dos textos de Freud, quatro foram escolhidos pelo fato de só terem sido publicados postumamente. Sobre “Personagens psicopáticas no palco”, “A cabeça de Medusa” e “A divisão do eu no processo de defesa” pouco se sabe. O “Projeto”, no entanto, é muito conhecido, mas segue sendo pouco assimilado como escrito e evoca, em várias passagens, o que, no dizer de Lacan, “não cessa de não se escrever”. Os oito textos restantes, publicados por Freud, quando vivo, nos forçam a repensar a pulsão como conceito-limite entre o anímico e o somático; as relações entre desejo, dor e defesa; o falocentrismo, o feminino e o vazio.

• Margareth Khattar
(31) 98663-8474 – margarethkhattar@yahoo.com.br

• Wagner S. Bernardes

Inscrição pelo WhatsApp: (31) 98663-8474

Seminário: o grafo do desejo

“O grafo do desejo” foi desenvolvido por Lacan, no final da década de 50, baseado na geometria não métrica.

Neste seminário, pretendemos trabalhar a constituição do sujeito como efeito de três percursos: o sujeito identificado com I(A) da demanda, o sujeito do fantasma e o sujeito como efeito do discurso pelo circuito completo do grafo.

Faremos referência à clínica psicanalítica a partir da transferência, construções em análise e interpretação.

• Ana Maria Fabrino Favato
(31)991116792 – amfavato@gmail.com

• Maria Luiza Bassi

(31)999909705 – ml.bassi60@gmail.com

 

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SeminárioPsicose: da estrutura ao transtorno, o que há de real nessa clínica?

Em “O Seminário 3: as psicoses”, Lacan diz: “…tudo que é recusado na ordem simbólica, no sentido da Verwerfung, reaparece no real.” (LACAN, 1955-1956, p. 22). E mais adiante, nesse mesmo livro, ele afirma:

O psicótico é um mártir do inconsciente, dando ao termo mártir seu sentido, que é o de testemunhar. Trata-se de um testemunho aberto. O neurótico também é uma testemunha da existência do inconsciente, ele dá um testemunho encoberto que é preciso decifrar. O psicótico, no sentido em que ele é, numa primeira aproximação, testemunha aberta, parece fixado, imobilizado, numa posição que o coloca sem condições do que ele testemunha, e de partilhá-lo no discurso dos outros. (LACAN, 1955-1956, p. 153).

• Marcilena Toledo 
(35) 99902-6464 | marcilena@gmail.com

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Seminário Pulsão

Pulsão constitui um dos conceitos fundamentais da psicanálise, é o conceito nuclear da teoria freudiana da sexualidade, Freud elaborou a teoria das pulsões para demonstrar que a sexualidade não visa a reprodução e sim a satisfação.

No texto “Pulsões e seus destinos”, de 1915, Freud afirma que a “pulsão nos aparecerá como um conceito fronteiriço entre o anímico e o somático, como um representante psíquico dos estímulos oriundos do interior do corpo que alcançam a alma, como uma medida de exigência de trabalho imposta ao anímico em decorrência de sua relação com o corporal”. (FREUD, 1915, p. 24-25)

Ao longo do seu ensino Freud estabeleceu dois dualismos pulsionais, pulsão do eu x pulsão sexual e pulsão de vida x pulsão de morte. Para Lacan existe apenas uma pulsão, a pulsão de morte.

Segundo Lacan, a pulsão deve ser concebida como o efeito da demanda do Outro, da linguagem, em sua mais precoce incidência sobre o sujeito ainda nem mesmo constituído enquanto tal.

A pulsão constitui uma força constante que exige satisfação e não tem objeto específico, o objeto é contingencial, qualquer objeto pode entrar no circuito pulsional.

Neste seminário vamos acompanhar as elaborações de Freud e Lacan sobre a pulsão, aliando teoria e clínica.

• Maria Aparecida O. do Nascimento
(31) 99152-6863 – maonascimento@gmail.com

• Sirlene Vieira da Cruz

(31) 99602-1069 – sirlenevieira2003@yahoo.com.br